11.1.07

 

Poemas favoritos XX
Favorite poems XX


Lamento do Guardião da Fronteira

Li T'ai-Po
(Tradução de Augusto de Campos via Ezra Pound)

Pelo Portão do Norte sopra o vento carregado de areia,
Solitário desde a origem do tempo até agora!
Árvores caem, no outono a relva amarelece.
Galgo tôrres e tôrres
para vigiar a terra bárbara:
Desolado castelo, o céu, o amplo deserto.
Nenhum muro de pé sôbre esta aldeia.
Ossos alvos com milhares de geadas,
Altas pilhas, cobertas de árvores e grama;
Quem fêz com que isto acontecesse?
Quem trouxe a cólera imperial flamante?
Quem trouxe o exército com tambores e tímbales?
Bárbaros reis.
De uma promavera suave a um outono de saque e sangue,
trezentos e sessenta mil,
E tristeza, tristeza como chuva.
Tristeza para ir, tristeza no regresso.
Desolados, desolados campos,
E nenhuma criança de campanha sôbre êles,
Não mais os homens para a ofensa e a defesa.
Ah! Como sabereis de tôda esta tristeza
no Portão do Norte,
Com o nome de Rihaku (*) esquecido
E nós, guardiões, pasto dos tigres?

(*) Rihaku, nome japonês de Li T'ai-Po
***
From the Spoon River Anthology
Mrs. Sibley

The secret of the stars, - gravitation.
The secret of the earth,- layers of rock.
The secret of the soil,- to receive seed.
The secret of the seed,- the germ.
The secret of man,- the sower.
The secret of woman,- the soil.
My secret: Under a mound that you shall never
find.

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