29.12.10

 

Sentimento & Ação
Emmanuel


Então.
Ando mais aberto para as coisas, e mais observador, já há algum tempo.
Menos arrogante, acho, menos dono da verdade.
Aí me caiu na mão um folhetinho, um flyer, com o texto abaixo, que li e gostei.
De um tal de Emmanuel.
O nome me soou familiar, mas só quando olhei as letrinhas miúdas no fim do texto é que vi que era do Chico Xavier.
E eu, que tinha escapado da nuvem psicográfica que empesteou a mídia durante todo o ano, me vejo agora reproduzindo um texto dele.
Pois é...

O sentimento cria a idéia.

A idéia gera o desejo.

O desejo acalentado forma a palavra.

A palavra orienta a ação.

A ação deflagra resultados.

Os resultados nos traçam o caminho nas áreas infinitas do tempo.

Cada criatura permanece na estrada que construiu para si mesma.

A escolha é sempre nossa.


E com isso encerro mais uma década.
Que De-s abençoe e guarde a todos nós, hoje e para sempre.
Amém.

 

Marriage
Casamento



25.12.10

 

Tico-Tico no Fubá
Zequinha de Abreu
Duo Siqueira Lima


Feliz Natal. Ganhei esse vídeo de presente do meu grande amigo Salum e repasso a vocês. Muito bom.



23.12.10

 

Comunicação
Arianna Huffington


"Expressar-se é um grande entretenimento, uma forma de participar da vida, de se ver como parte da história do nosso tempo. É fantástico."

21.12.10

 

A Velhice e os Átomos



Tudo em nós encolhe.
O corpo e suas partes encolhem com o tempo.
A única vantagem é que, às vezes, o ego também encolhe. O que pode ser bom.
Mas o encolhimento dos interesses não é bom.
A doença de Alzheimer tende a ocorrer menos em pessoas com interesses renovados e consciência da morte. Os monges do Monte Atos, na Grécia, por exemplo, se vestem de preto e meditam sobre a morte todo o tempo. Vivem muito e nenhum desenvolve a doença.
Já as estrelas se afastam de nós em uma velocidade alucinante.
O universo não encolhe, expande.
A passagem do tempo pode ser comparada com a perspectiva na pintura. Quanto mais pontos de referência existem entre o começo e o fim de uma perspectiva, maior parece ser a distância. Por isso lembramos tanto da juventude, cheia de acontecimentos memoráveis vividos pela primeira vez. Que diferença da maturidade, que não tem tantas novidades e, portanto, menos acontecimentos marcantes para marcar sua passagem.
E a chegada da velhice?
O fim do começo, e o começo do fim. Possibilidades cada vez menores da vida apresentar uma oportunidade, uma redenção, a realização de um sonho. Primeiro a tristeza, depois a liberação. Não mais estar preso às expectativas de futuro. A chance de aproveitar o aqui e o agora. Ou como cantou Elvis: é agora ou nunca.
E não é pouco, pensando bem, poder respirar, ver, ouvir, sentir, caminhar sem ajuda, comer, subir escadas e ter uma ereção apenas com a ajuda da química humana.
Na verdade, tudo isso é ótimo!
Sendo exatamente e verdadeiramente o que se é, alguma coisa sempre aparece.
Picasso, Beethoven, Yeats, Shakespeare... Todos, cada um em sua arte, se despreendendo das convenções e da técnica, e deixando a arte correr solta, como uma perplexidade diante do vazio da morte, como um apêgo desesperado à vida.
E a neurogênese? Há evidências de que o cérebro produz novos neurônios até o último minuto. E é verdade que tudo retorna ao Cosmos de onde veio. A morte é apenas a morte da identidade, do ego. E o medo dela não é medo dela, propriamente, pois ninguém morreu e voltou para contar.
O medo da morte é o medo da idéia da morte. Palavras, palavras nos enganando.
O mapa não é o território, não podemos esquecer.

Somente 4% do universo é feito de átomos, que supostamente deveriam ser a base de tudo, o resto é 75% de Matéria Escura, e 25% de Energia Escura. O que soa bem e fica ótimo em maiúsculas, mas que ninguém sabe o que são realmente.
Os cientistas dizem que não existe Gravidade o suficiente...

Em Winter's Tale, Shakespeare diz, pela boca de Leontes:

"Estrelas! Estrelas! E todos os outros olhos são carvões queimados."

Yeats fez a pergunta retórica: "Por que os velhos não deveriam ser loucos?"

"O que devo fazer com esse absurdo -
Ó coração, Ó coração agoniado - essa caricatura,
Essa idade decrépita que foi amarrada em mim
Como ao rabo de um cachorro?
Nunca tive uma
Imaginação mais excitada, apaixonada, fantástica,
Nem olhos e ouvidos que
Mais esperassem o impossível."

O absurdo é o novo sublime.

19.12.10

 

Ciência
Marcelo Gleiser

...

"Olhe para as suas mãos.
Nela, você encontra átomos que pertenceram a estrelas desaparecidas há mais de 5 bilhões de anos. Essas estrelas, no final de sua existência, forjaram os elementos químicos que compõem seu corpo, as montanhas, os rios e os oceanos.
Quando explodiram, elas espalharam suas entranhas pelo espaço sideral, os ingredientes da vida, em ondas de choque que se propagaram a milhares de quilômetros por segundo. Em um canto da galáxia, essas ondas se chocaram com uma enorme nuvem de hidrogênio, provocando instabilidades que levaram ao seu colapso. E dele nasceu o Sistema Solar, com sua corte de planetas e luas e, em um deles, seres capazes de questionar suas origens.
Somos, concretamente, restos de estrelas animados de consciência.
...
A ciência comprova nossa profunda relação com o Cosmos. Não apenas porque vivemos nele, mas porque somos feitos dele: nós e todos os agregados de matéria, vivos e não-vivos. Estamos no Cosmos e o Cosmos está em nós.
Quem duvida que a ciência é uma busca espiritual deveria refletir sobre o que escrevi acima."

...


Do artigo "Inevitabilidade Humana", publicado hoje na Folha de S. Paulo.

17.12.10

 

Leitura



A leitura é um esporte de contato.
É difícil, dá trabalho, e demanda esforço físico.
Mas paga bem.
Esta forma de contato tem os benefícios da conversa sem o inconveniente do tédio.
Como disse Proust, é uma "comunicação com uma outra maneira de pensar, permanecendo-se só o tempo todo, isto é, o tempo todo continuando a desfrutar do poder intelectual que se tem na solidão e que a conversa dissipa imediatamente."
A leitura, diferente da fala e da visão, não é geneticamente programada e portanto precisa ser aprendida por cada indivíduo, e este processo de aprendizado cria conexões distintas no cérebro que dependem da língua e da linguagem usada. Pessoas bilíngues que sofreram danos cerebrais em algum acidente, por exemplo, frequentemente lembram uma língua e não a outra.
O segredo da leitura é que ela libera tempo para o cérebro ter pensamentos mais profundos do que aqueles que tinha antes.
Bom é o conselho de Flaubert: "Não leia como as crianças, para se divertir ou, como os ambiciosos, para obter instrução.
Não, leia para viver."
É importante procurar aqueles que nos abrem os olhos. Ler os escritores autênticos, e então começar um novo trabalho no seu trabalho atual, curtir umas férias onde você já vive, e mergulhar num caso louco e apaixonado com sua própria parceira ou parceiro.
Porque se ontem era hoje e amanhã será hoje novamente, isso não quer dizer que tudo não seja absolutamente diferente e novo cada vez que é olhado, vivido e experimentado.

 

Entretempo
Sergio Pinheiro Lopes


Nunca fui um grande torcedor de futebol. Escolhi um time, ainda criança, pois não era possível freqüentar a escola ou a turma de amigos sem torcer por algum. Mas não jogava ou acompanhava jogos. Lembro-me do Santos, tido como o melhor entre todos os times da época.
A Copa de 70 foi a primeira ocasião em que realmente prestei atenção em jogos de futebol. Primeira Copa televisionada para o Brasil, novidade de luxo da época.
A performance da seleção brasileira foi espetacular. Vitória após vitória, jogo a jogo, o time galgava posições em direção a tão esperada final. Mas foi no quarto gol da final, contra a Itália, que vi uma jogada que me prendeu a atenção como nada até então em uma partida de futebol.
Pelé recebeu e vinha com a bola dominada na direção do gol adversário quando, vagarosamente, parou um pouco antes da meia-lua da área adversária, deixou o ar sair dos pulmões e, depois de imóvel por alguns instantes, rolou a bola mansamente com a lateral do pé para Carlos Alberto que vinha em diagonal pela direita. Ele fuzilou o gol italiano. Sem defesa. 4x1. Com esse último gol ganhamos a Copa. Fomos tricampeões do mundo.
Nunca mais esqueci o timing daquele gol arquitetado por Pelé.
Em março de 2005, assistia a uma partida entre o Barcelona e o Chelsea, quando vi uma jogada do Ronaldinho Gaúcho que me lembrou o gol de Carlos Alberto e Pelé na final contra a Itália, em 1970. Ele estava perto da grande área e, na sua frente, quatro jogadores do Chelsea barravam-lhe a passagem. Ele gingou e chutou certeiro. Gol. Ficaram todos parados. Inclusive o goleiro. Tempo suspenso.
Duas maravilhas da habilidade humana.
Não cultivei, durante a maior parte da vida, como disse, o hábito de informar-me sobre futebol. Mas essas duas jogadas, tão distantes no tempo, serviram para me aproximar do assunto. Já mais recentemente, passei a desfrutar da amizade de alguns boleiros de escol. Ouvindo, fascinado, suas histórias, dou-me conta do quanto perdi por não ser um amante desta arte.
Contaram-me que foi esse o caso do gol de Alcides Ghiggia, na final da Copa de 50, aos 34 minutos do segundo tempo. A bola, chutada rasteira, quicou em um montículo na grama e passou no exíguo espaço entre o goleiro e a trave. Tempo suspenso novamente. Esse, com conseqüências trágicas para a auto-estima brasileira.
Não posso, apesar da tentação, dizer que o tempo parou nessas jogadas. Duas tive o privilégio de assistir pessoalmente, a outra, histórica, é anterior a meu nascimento. O tempo não pára. Todos sabem disso. Mas há uma mudança no timing desses jogadores, nessas ocasiões, que passam essa impressão de tempo suspenso.
São como pinturas no ar ou poemas em movimento. Obras de arte de existência brevíssima: vôo de pássaro, passo de dança, brilho de olhos. Em sua plenitude, são privilégios exclusivos dos que os vêem acontecer, usufruem a suspensão do tempo junto com esses artistas e participam desse mistério. O encontro do engenho individual com a oportunidade coletiva gerando beleza em estado puro.

14.12.10

 

Jaguadarte
Lewis Carroll
Augusto de Campos


Tradução de "Jabberwocky", poema nonsense de Lewis Carroll.


Era briluz.
As lesmolisas touvas roldavam e reviam nos gramilvos.
Estavam mimsicais as pintalouvas,
E os momirratos davam grilvos.

"Foge do Jaguadarte, o que não morre!
Garra que agarra, bocarra que urra!
Foge da ave Fefel, meu filho, e corre
Do frumioso Babassura!"

Ele arrancou sua espada vorpal
e foi atras do inimigo do Homundo.
Na árvore Tamtam ele afinal
Parou, um dia, sonilundo.

E enquanto estava em sussustada sesta,
Chegou o Jaguadarte, olho de fogo,
Sorrelfiflando atraves da floresta,
E borbulia um riso louco!

Um dois! Um, dois! Sua espada mavorta
Vai-vem, vem-vai, para tras, para diante!
Cabeca fere, corta e, fera morta,
Ei-lo que volta galunfante.

"Pois entao tu mataste o Jaguadarte!
Vem aos meus braços, homenino meu!
Oh dia fremular! Bravooh! Bravarte!"
Ele se ria jubileu.

Era briluz.
As lesmolisas touvas roldavam e relviam nos gramilvos.
Estavam mimsicais as pintalouvas,
E os momirratos davam grilvos.

 

O Juramento do Árabe
Gonçalves Crespo


Baçus, mulher de Ali, pastora de camelas,
viu de noite, ao fulgor das rútilas estrelas,
Vail, chefe minaz de bárbara pujança,
matar-lhe um animal. Baçus jurou vingança;
corre, célere voa, entra na tenda e conta
a um hóspede de Ali a grave e inulta afronta.
- "Baçus!" - disse, tranquilo, o hóspede gentil -
"Vingar-te-ei com meu braço: eu matarei Vail".
Disse e cumpriu.

Foi esta a causa verdadeira
da guerra pertinaz, horrível, carniceira,
que as tribos dividiu. Na luta fratricida,
Omar, filho de Anru, perdera o alento e a vida.
Anru, que lanças mil aos rudes prélios leva
e que em sangue inimigo, irado, os ódios ceva,
incansável procura, e é sempre embalde, o vil
matador de seu filho, o tredo Mualhil.
Uma noite, na tenda, a um moço prisioneiro,
recém-colhido em campo, o indómito guerreiro
falou severo assim:
- "Escravo, atende e escuta:
Aponta-me a região, o monte, o plaino, a gruta
em que vive o traidor Mualhil; dize a verdade;
dá-me que o alcance vivo, e é tua a liberdade!"
E o moço perguntou:
- "É por Alá que o juras?"
- "Juro!" - o chefe tornou.
- "Sou o homem que procuras!
Mualhil é o meu nome: eu fui que despedacei
a lança de teu filho e aos pés o subjuguei!"
E, intrépido, fitava o atónito inimigo.
Anru volveu:
- "És livre! Alá seja contigo!"

11.12.10

 

The Conference of the Birds
A Conferência dos Pássaros
Dave Holland Quartet


Música inspirada no poema Sufi do mesmo nome, escrito pelo poeta do século XII, Farid Ud-Din Attar.




 

Pois é
Sergio Pinheiro Lopes



(Uma boa parte do que está abaixo li no livro do Michael Foley, The Age of Absurdity, embora eu endosse e assine embaixo. Em cima, no caso.)


Pois é.
Apenas na religião institucionalizada exige-se a conformidade passiva.
Na iconografia o Cristo está sempre submisso e o Buda quieto.
Mas foi Jesus quem disse: "Não vim para trazer a paz, e sim a espada", e as últimas palavras de Buda foram: "Lutem persistentemente".
São os seguidores que transformam a fé em ritual, as idéias em dogma.
Os fundadores vão à luta, os seguidores ficam em casa.
Os fundadores são atormentados pela dúvida, os seguidores se acomodam na certeza.
Os fundadores buscam autoridade, os seguidores o poder.
Os fundadores atraem e convencem, os seguidores confrontam e coajem.
O homem que vive e não luta está perdido.
A busca É o Graal.

Noventa e dois dias, cento e quarenta reuniões e duzentas e oitenta horas.
Minha filiação e prática na auto-escola do auto-conhecimento.
Sou membro desta irmandade, desta sociedade anônima, há três meses portanto.
Não poderia ter feito escolha melhor.

A busca é por responsabilidade pessoal, autonomia, desapêgo, entendimento, atenção, transcendência, aceitação das dificuldades, luta incessante e consciência constante da morte.
Sobreviver é lutar.
A luta não é apenas difícil, mas o objetivo é obscuro.
O problema é a tendência de lutar pelas coisas erradas, especialmente copiar aqueles que fazem sucesso no mundo. O ser humano é um mecanismo de busca muito poderoso e sofisticado, mas muito fraco na escolha de parâmetros de busca ou na avaliação de resultados.
Então quando a busca traz maus resultados, há uma tendência a acreditar que a alternativa é não lutar, não buscar. Que a resposta é ficar numa praia besuntado de bronzeador, esperando o mundo acabar.
As mesmas perguntas e dúvidas milenares ainda vão aparecer nas FAQs de D-us, nas Perguntas Frequentes do website divino, se e quando Ele tiver tempo para isso.
A resposta está em todas as filosofias desde que o macaco adquiriu consciência.
Quando muitos guias recomendam o mesmo restaurante, é lá que você deve ir almoçar.

É sobre isso o poema abaixo.


 

Ítaca
Constantino P. Cavafy
José Paulo Paes



Se partires um dia rumo à Ítaca 

Faz votos de que o caminho seja longo 

repleto de aventuras, repleto de saber. 

Nem Lestrigões, nem Cíclopes, 

nem o colérico Posidón te intimidem! 

Eles no teu caminho jamais encontrarás 

Se altivo for teu pensamento

Se sutil emoção o teu corpo e o teu espírito tocar.

Nem Lestrigões, nem Cíclopes 

Nem o bravio Posidón hás de ver

Se tu mesmo não os levares dentro da alma

Se tua alma não os puser dentro de ti. 

Faz votos de que o caminho seja longo. 

Numerosas serão as manhãs de verão 

Nas quais com que prazer, com que alegria 

Tu hás de entrar pela primeira vez em um porto 

Para correr as lojas dos Fenícios 
e belas mercâncias adquirir.
Madrepérolas, corais, âmbares, ébanos 

E perfumes sensuais de toda espécie 

Quanto houver de aromas deleitosos. 

A muitas cidades do Egito peregrinas 

Para aprender, para aprender dos doutos. 

Tem todo o tempo Ítaca na mente. 

Estás predestinado a ali chegar. 

Mas, não apresses a viagem nunca. 

Melhor muitos anos levares de jornada 

E fundeares na ilha velho enfim. 

Rico de tudo quanto ganhaste no caminho 

Sem esperar riquezas que Ítaca te desse. 

Uma bela viagem deu-te Ítaca. 

Sem ela não te punhas a caminho. 

Mais do que isso não lhe cumpre dar-te. 

Ítaca não te iludiu 

Se a achas pobre. 

Tu te tornaste sábio, um homem de experiência. 

E, agora, sabes o que significam Ítacas. 


9.12.10

 

A Era do Absurdo
Grandes Idéias
Michael Foley


Toda Grande Idéia é uma megalomaníaca dedicada à dominação do mundo: Os marxistas intepretavam tudo em termos de classe; os freudianos em termos de infância; e as feministas em termos de gênero. No fim, a nova maneira de ver se torna um novo par de antolhos. Todas estas três Grandes Idéias saíram de moda - mas sempre há novos contendores em busca do imperialismo intelectual.
E muitos velhos contendores ainda estão lutando pelo domínio. As religiões são as imperialistas intelectuais mais ferozes. Uma religião é, por definição, uma Grande Teoria Unificada Sobre Tudo, fornecendo, para aqueles preparados a oferecer lealdade absoluta à marca, uma loja para todas as exigências espirituais e intelectuais (o Budismo sendo uma honrosa exceção).
E que luxo é ter todos os problemas explicados e receber uma solução pronta.
A tentação de se render a um sistema é forte, e a perspectiva de independência pode ser aterradora.
E existem evidências de que os que crêem são mais felizes. Então por que não crer? É até possível crer sabendo que a crença é absurda.
O famoso salto de fé de Kierkegaard foi um salto consciente para o absurdo.

1.12.10

 

A Era do Absurdo
Michael Foley


Hoje em dia vale tudo, contanto, é claro, que não denigra as mulheres ou pessoas de outras raças, com orientação religiosa ou sexual diferentes, não cause danos ao meio-ambiente ou sofrimento aos animais.

 

No Meio do Caminho
Carlos Drummond de Andrade
Instituto Moreira Salles


Um prazer para os sentidos um mesmo poema declamado em várias línguas.
Não é necessário sabê-las para sentir o ritmo, a cadência das palavras, a emoção do poema.
Um banquete.


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