26.4.07

 

A Educação do Estóico
Barão de Teive
Heterônimo de Fernando Pessoa


Dando ao que pensamos a importância de o termos pensado, tomando-nos, cada um de nós a si mesmo, não, como dizia o grego, por medida de todas as coisas, senão por norma ou bitola delas, criamos em nós não uma interpretação do universo mas uma crítica do universo – que, como o não conhecemos, não podemos criticar – e os mais débeis e mais desvairados de nós elevam essa crítica a uma interpretação – mas uma interpretação imposta como uma alucinação; não deduzida, mas uma indução simples. É a alucinação propriamente dita, pois a alucinação é a ilusão prendendo num facto mal visto.

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