20.8.07

 

Poemas 90
Poems 90


Funeral Blues

W. H. Auden

Stop all the clocks, cut off the telephone,
Prevent the dog from barking with a juicy bone,
Silence the pianos and with muffled drum
Bring out the coffin, let the mourners come.

Let aeroplanes circle moaning overhead
Scribbling on the sky the message He Is Dead,
Put crêpe bows round the white necks of the public doves,
Let the traffic policemen wear black cotton gloves.

He was my North, my South, my East and West,
My working week and my Sunday rest,
My noon, my midnight, my talk, my song;
I thought that love would last for ever: I was wrong.

The stars are not wanted now: put out every one;
Pack up the moon and dismantle the sun;
Pour away the ocean and sweep up the wood.

For nothing now can ever come to any good.
***
Funeral Blues
W. H. Auden

Parem todos os relógios, cortem o telefone,
Impeçam o ladrar do cão com um osso suculento,
Silenciem os pianos e com um rufar lento
Tragam o caixão, que venham os pranteadores.

Deixem que os aviões gemam em círculos acima
Rabiscando no céu a mensagem Ele Está Morto,
Ponham gravatas de crepe no pescoço branco dos pombos públicos,
Deixem que os guardas de trânsito usem luvas pretas de algodão.

Ele era meu Norte, meu Sul, meu Leste e Oeste,
Minha semana de trabalho e meu descanso de domingo,
Meu meio-dia, minha meia-noite, minha conversa, minha canção,
Achei que o amor fosse para sempre: Eu estava errado.

As estrelas não são benvindas mais: apaguem cada uma delas;
Empacotem a lua e desmontem o sol;
Esvaziem o oceano e varram as florestas;
Pois nada agora pode resultar em algum bem.

(Republicação de fevereiro de 2007)
(Especialmente para a Jo. Copie e cole se quiser, é claro, dear, e veja o filme, que vale a pena.)

Comments:
Ganhei uma prendinha! (como dizem meus blogamigos portugueses)
Obrigada, Sergio.
:)
 
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