12.5.08
Poemas 311
Poems 311
Contradanzas
Adolfo Montejo Navas
I
Qué lejos va quedando el sueño de ser leve.
Ay cuerpo libérrimo, cómo nombras todo lo0 que tocas.
II
Los ojos de mis ojos dónde están. Si el paisaje
cambió, qué mirada es ésta que aún sostengo.
III
(Magritte)
La utilidad de la mirada cambia lo que sucede por lo que no.
¿Pasar de un lado a otro será suficiente universo?
IV
Los ojos en los ojos ya no son los mismos. Escritos contra un espejo
se matan a sí mismos un poco o se traicionan suavemente.
***
Contradanças(Tradução do autor)
I
Quão longe vai ficando o sonho de ser leve.
Ah corpo libérrimo, como nomeias tudo o que tocas.
II
Os olhos de meus olhos onde estão? Se a paisagem
mudou, que olhar é este que ainda mantenho.
III
(Magritte)
A utilidade do olhar troca o que acontece pelo que não.
Passar de um lado a outro será suficiente universo?
IV
Os olhos nos olhos já não são os mesmos. Escritos contra um espelho,
matam-se a si mesmos um pouco mais ou se traem suavemente.