18.10.09
Solvitur Ambulando
Sergio Pinheiro Lopes
Primeiro dia, três mil.
Segundo dia, três mil.
Terceiro dia, quatro mil e quinhentos.
Quarto dia, quatro mil e quinhentos.
Quinto dia, quatro mil e quinhentos, duas numa direção e uma na outra.
Sexto dia, quatro mil e quinhentos, duas noutra direção e uma numa. Na inversão, olhos novos. Um parque diferente.
Sétimo dia, descanso.
Oitavo dia, preguiça. Mesmo assim três mil, alongamento das batatas da perna e da frente das coxas. Braços também, para não esquecer como faz.
Nono dia, três mil, mesmos alongamentos, mas mil correndo e dois mil andando.
Décimo dia, mesma coisa, mas mil e quinhentos numa direção e mil e quinhentos noutra. Um casal alimentando galos, galinhas, gatos e patos. Chamando a cada um pelo primeiro nome.
‘Branco’, um galo. ‘Chiráu’, um gato, para ficar em dois.
Um olhar mais curioso para os freqüentadores, numa direção e noutra.
Décimo - primeiro dia, esta crônica.
Solvitur ambulando.
As coisas se resolvem andando.
Já parece haver amanhã.