16.6.11
Ficções do Interlúdio - 395
Ricardo Reis
Quero dos deuses só que não me lembrem.
Serei livre - sem dita nem desdita,
Como o vento que é a vida
Do ar que não é nada.
O ódio e o amor iguais nos buscam; ambos
Cada um com seu modo, nos oprimem.
A quem deuses concedem
Nada, tem liberdade.