19.3.10
Guardião do Fogo
Marcelo Tápia
Para Luis Dolhnikoff
Confio-lhe a sorte
de meus poemas desfeitos
confio-lhe o suporte
de meus defeitos
confio-lhe meu rótulo de poeta
meu delírio de asceta
meu chiste de esteta
confio-lhe de olhos fechados a morte
de minha ilusão do mito
confio-lhe, amigo
com alívio
(presente de grego, valor estimativo)
a integridade do meu lixo