7.5.12

 

Nós
Sergio Pinheiro Lopes


Nós,
Todos nós.
Nós todos,
com todos os
nós.

25.4.12

 

Peace


By resolving inner conflicts and being at peace with himself, a person learns to gain insight into others.
In effect, he enters another, sees with the other's eyes, listens with the other's ears, feels with the other's heart.
He then returns to his own center, with new perspective and understanding.

20.4.12

 

Caros Poetas
Sergio Pinheiro Lopes



O que podemos esperar? Bem sei que muitas sociedades e cidades passaram por essa violência e banditismo político e, certamente, muitas outras passarão. A Chicago dos anos 30, NY dos setenta, para não falar do Velho Oeste (lá deles) e o nosso Velho Norte, a Inglaterra de Francis Drake e por aí vai.
Se olharmos um pouco mais de cima, no entanto, veremos que todos os indicadores de qualidade de vida melhoraram ao redor do mundo nos últimos cem anos. É fato. Até os países mais miseráveis da África melhoraram seus indicadores de expectativa de vida e de mortes por mil nascimentos. Também esse estado de coisas há de passar por aqui. Sabemos que notícia, quase sempre, é notícia ruim. E isso nos assusta; introduz um viés no nosso olhar. Mas a intensa atividade vital das cidades e do país continua todo o tempo. A sociedade pensa em si mesma continuamente através de seus milhões de habitantes. Cada um contribuindo com seu pouquinho no seu cotidiano. O que falta é massa crítica para uma mudança visível na forma de cobrança de direitos através da organização da população. Mas ela virá. O Bolsa-Família do atual presidente é o equivalente ao Plano Real de seu antecessor. As pessoas votam com os estômagos e com os bolsos. Corrupção sempre houve, em todos os governos, e a população sabe disso instintivamente, pois convive com ela e dela participa, porque senão não toca a vida pra frente. Então se acomodam e aceitam. 'Faz parte', ouve-se por aí. Mas as pessoas trabalham, estudam, têm valores, ambições e desejos que são irrealizáveis na atual condição da sociedade brasileira. No fundo não concordam com a corrupção e, quando tiverem o tempo, a educação e informação de boa qualidade (e vão acabar tendo, pois por isso já brigam), vão se mover para acabar com ela, colocá-la dentro de limites mais civilizados. Por isso as cidades e o país vão mudar, tenham certeza. Aos poucos, infelizmente, mas é assim com tudo na vida: um 'cadinho' por dia. Cabe a cada um de nós, no mínimo, comportarmos-nos como achamos que todos deveriam se comportar idealmente. Só isso já é muito difícil, mas por aí também começa alguma mudança. Sei que é a estória de que se cada chinês varresse a porta de sua casa, a China seria um país limpo. Mas é verdade. Além disso, e enquanto isso, a sociedade e seus milhões de anônimos se movimentam incessantemente.
Eppur si muove, caros poetas, eppur si muove, e o país é bem maior do que o presidente, os políticos, os corruptos todos e seus eventuais sucessores.
Eles passarão e o Brasil não.
As mudanças visíveis são epidérmicas, meus caros poetas, e a história é subcutânea.

17.4.12

 
If it happens with the best,
it happens with the rest.

16.4.12

 

The Silver Bullet & the Bible
WC Fields



"When I was a young man my mother gave to me a silver bullet and told me to keep it with me always. I loved my mother very much and so I had the bullet put on a chain around my neck so I could wear it close to my heart.
One day, many years later, I was walking down the streets of Baltimore MD when a crazed evangelist threw a Bible from a 20th floor hotel window. The Bible plummeted to Earth at an impossible rate of speed and struck me square in the chest and, my friends, I want you to know: if it hadn't been for that bullet I would not be here today."

12.4.12

 

Mahasin Farouk






Lovely, swaying, swirling, sweet Monica.

11.4.12

 

Poema de Despedida
Rodolfo Quintero



Estoico soporté
tus comentarios
tan insulsos
y prosaicos

tu desinhibida
conducta pueril

tu proceder propio
de marginal
e inculta

tu maldito gesto
proverbial

tu belleza inexpontánea
de azules
y artificiales rosas

Estoico soporté
de verás
hasta hoy
tu vanidad

y ese afán
de menoscabar
mi «no remunerado»
oficio de poeta.

10.4.12

 

O Amor Às Vezes
Rodolfo Quintero



O amor às vezes
como uma ausência
um silêncio
um tornar-se
sem manhã

Como esta casa
oculta
na memória

Como um céu
incauto

Como um peixe
espada

Como um abismo
insuspeitado
na palavra

Como uma cena
repetida
da chuva

Como o mirar
de Alberti
perdido no mar

Como a punibilidade
do abandono

Como o rigor
da derrota

Como esta pena
que pago à vista
e pronto

Como uma metáfora
careada

Como uma lágrima
um olvido
um adeus

Como um punhal incluso
o amor às vezes

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