31.3.11
Free Again
Barbra Streisand
Free again
Back to being free again
Back to being me again
With all my precious freedom, my precious, precious freedom
On my own
Back to being on my own
Back to live the life I'd known
Before I ever knew her, before I ever knew her
Free again, independent me, free again
Time to call up all the crowd
Raise the roof and shout out loud
Time to have a party, a party
Lucky me, take a look at lucky me
Take a look and you can see
How much I love my freedom, my precious, precious freedom
Simple me, complicated, simple me
Back to where I used to be before I ever knew her
Before I ever knew her...
Free again, lucky, lucky me
Free again
Back in circulation, now,
Time for celebration, now
Time to have a party, a party...
Free again, independent me, free again
Time to call up all the crowd
Raise the roof and shout out loud
Time to have a party!
Lucky me, take a look at lucky, lucky me
Back to where I used to be! Back to where I used to be!
Free again... Free again...
Free...
30.3.11
Tráfego Aéreo no Mundo em 24 Horas
28.3.11
Coitadinho de Mim
Sergio Pinheiro Lopes
A auto-piedade flerta com a morte.
É o umbral da depressão.
E a depressão é a ante-sala do suicídio.
A auto-piedade é um esporte radical.
26.3.11
Aniversário Adversário
Sergio Pinheiro Lopes
Lá se vão 58 anos e
Esse diacho de
Sabedoria que
Custa-me a chegar.
23.3.11
Carta para o Daniel aos 18
Sergio Pinheiro Lopes
Exatos doze anos se passaram desde que escrevi esta carta.
A promessa que Daniel representa em minha vida, foi realizada muitas e muitas vezes.
Uma benção de D-us para todos os que o cercam e, especialmente, para mim.
Parabéns, filhote!
Meu filho,
Hoje você completa 18 anos.
O seu presente já está escolhido: objeto formal, cuja existência no mundo real é palpável e visível. E é muito importante na medida que corporifica uma independência da alma e do corpo, um crescer, uma maioridade: o direito e o privilégio efetivo de ir e vir, sem prestar contas a quem quer que seja. Ou pelo menos é o que a gente sente neste momento, se bem me lembro.
Nada disso deve nublar as conquistas que são fruto da sua inteligência e do seu humanismo, da sua solidariedade e da sua legítima preocupação com o mundo que te cerca. Essas conquistas são suas. Ninguém as deu para você.
Mas quero falar do presente impalpável e intangível.
É muito difícil escrever uma carta dessas sem ser sentimental. Isto para uma pessoa comum. Para mim então, é impossível, sentimental e piegas até a medula que sou, apesar dos esforços patéticos que faço para parecer racional e lógico.
Preciso dizer a você da inquietante experiência de ser filho do próprio filho.
Explico:
Acredito que esta é a grande surpresa que a vida reserva aos imortais arrogantes que somos ao decidir colocar alguém neste mundo.
Imaginava que ia conduzir e ensinar, ser o benfeitor que ilustra e esclarece os mistérios do mundo para ouvidos atentos e respeitosos.
Qual o que!
Manhoso, aquele bebê com cara de lua e o sorriso mais largo e generoso do mundo, tratou de me colocar no meu devido lugar desde o primeiro instante. Desde as quinze para as onze da manhã daquela segunda-feira, 23 de março, há dezoito anos atrás.
A partir daí, e bem aos poucos, cotidianamente na verdade, a vida e a convivência com você foi me ensinando a ser humilde, a não ter certezas, a aceitar o outro. O “outro” no caso é você. Você é o outro absoluto. Pessoa específica com peculiaridades e pessoalidades que tive e tenho que aprender todos os dias. Isto em meio aos parentes e pessoas variadas que se entretém em explicar que meu filho é a minha cara, que puxou isso ou aquilo de mim ou do meu pai ou do meu avô. Por outro lado, sou o pai, portanto espera-se que saiba tudo e tenha todas as respostas: desde quanto custa uma Ferrari em Taiwan até a hora do encanador no Mississipi, quem inventou o Raio-X ou, afinal, quem era quem na Segunda Grande Guerra. E eu lá. Sabendo e não podendo dizer que não é bem assim. Que aquele que é a minha cara é, antes de tudo, a própria cara, que vai se revelando a cada dia, a cada mês, a cada ano e a cada aniversário, para si e para mim.
E nesta dança dos dias e dos anos lá se foram todas as certezas, e eu que comecei aquele arrogante guia que tudo sabia e que iria conduzir o filho pelos mil caminhos e atalhos deste confuso e misterioso fim de século, me descubro maravilhado e surpreendido do jeito que deveria ter sido desde o primeiro minuto: apenas um aprendiz.
E é aí que sou filho do meu filho. Muito mais do que ensinar, aprendi. Aprendi com as minhas deficiências e arrogâncias, aprendi a ser humilde e aprendi a não ter razão, aprendi que ouvir é tão importante quanto ser ouvido, aprendi que respeitar é a única forma de ser respeitado, aprendi também que a paciência é a arte da paz. Enfim, muito do que aprendi na vida, aprendi sendo seu pai, aprendi com você, meu filho.
Hoje, formal e juridicamente, é o dia da sua maioridade. É também o fim da minha tutela. A partir de hoje você é um adulto, responsável por suas palavras e atos. Você sabe que a importância de ser reto e ter caráter, de ter compaixão pelo seres humanos, de se comportar eticamente e de retribuir ao mundo pelo muito que ele te deu, não está na opinião que os outros tenham ou deixem de ter a seu respeito, e sim na opinião que você tem a seu próprio respeito. E sempre que tiver que tomar uma decisão ou fazer uma escolha que te pareça difícil, pergunte-se sempre qual o caminho que tem coração: a resposta te virá clara e límpida. Seja o que for que resulte, tendo escolhido o caminho do coração, de alguma forma você terá acertado.
Existia uma piada quando eu era criança que começava assim:
Fritz, hoje você faz 18 anos. Você já comeu muitos bolos e doces...
A idéia era a de contar um segredo que só poderia ser revelado na maioridade. Na piada o segredo é que Papai Noel não existe. A piada é falsa. Papai Noel existe sim, pois ele representa o mistério do mundo te dando presentes. E que presente misterioso da vida é a incrível aventura de ter um filho e como num espelho ser filho dele ao mesmo tempo. Ensinando a aprender e aprender ensinando.
Parabéns e que Deus, que é o pai de todos nós, te abençoe.
Papai.
20.3.11
Sabedorias Secretas
Sergio Pinheiro Lopes
The past is history, the future, mystery.
O passado é história, o futuro, mistério.
18.3.11
Todo Cambia
Mercedes Sosa
Cambia lo superficial
Cambia también lo profundo
Cambia el modo de pensar
Cambia todo en este mundo
Cambia el clima con los años
Cambia el pastor su rebaño
Y así como todo cambia
Que yo cambie no es extraño
Cambia el mas fino brillante
De mano en mano su brillo
Cambia el nido el pajarillo
Cambia el sentir un amante
Cambia el rumbo el caminante
Aúnque esto le cause daño
Y así como todo cambia
Que yo cambie no es extraño
Cambia todo cambia
Cambia todo cambia
Cambia todo cambia
Cambia todo cambia
Cambia el sol en su carrera
Cuando la noche subsiste
Cambia la planta y se viste
De verde en la primavera
Cambia el pelaje la fiera
Cambia el cabello el anciano
Y así como todo cambia
Que yo cambie no es extraño
Pero no cambia mi amor
Por mas lejo que me encuentre
Ni el recuerdo ni el dolor
De mi pueblo y de mi gente
Lo que cambió ayer
Tendrá que cambiar mañana
Así como cambio yo
En esta tierra lejana
Cambia todo cambia
Cambia todo cambia
Cambia todo cambia
Cambia todo cambia
Pero no cambia mi amor...
La Carta
Violeta Parra
Quilapayún
Canção escrita por Violeta Parra durante a ditadura sanguinária de Augusto Pinochet no Chile.
Me mandaron una carta
Por el correo temprano,
En esa carta me dicen
Que cayó preso mi hermano,
Y sin compasión, con grillos,
Por las calles lo arrastraron, sí.
La carta dice el motivo
Que ha cometido Roberto
Haber apoyado el paro
Que ya se había resuelto.
Si acaso esto es un motivo
Preso voy también, sargento, si.
Yo que me encuentro tan lejos
Esperando una noticia,
Me viene a decir la carta
Que en mi patria no hay justicia,
Los hambrientos piden pan,
Plomo les da la milicia, sí.
Habrase visto insolencia,
Barbarie y alevosía,
De presentar el trabuco
Y matar a sangre fría
A quien defensa no tiene
Con las dos manos vacías, si.
La carta que me mandaron
Me pide contestación,
Yo pido que se propale
Por toda la población,
Que el león es un sanguinario
En toda generación, sí.
Por suerte tengo guitarra
Y también tengo mi voz,
Y también tengo siete hermanos
Fuera del que se engrilló,
Todos revolucionarios
Con el favor de mi Dios, sí.
17.3.11
Dreams
Sonhos
Thomas Edward Lawrence
"All men dream: but not equally.
Those who dream by night in the dusty recesses of their
Minds wake in the day to find that it was
vanity; but the dreamers of the day are
dangerous men, for they may act their dream
with open eyes, to make it possible. This I did."
Todos os homens sonham: mas não de modo igual.
Aqueles que sonham à noite nos recessos empoeirados de suas
Mentes acordam ao amanhecer para descobrir que era
vaidade; mas os que sonham de dia são
homens perigosos, pois podem encenar seu sonho
com olhos abertos, para torná-lo possível. Isto eu fiz."
T. E. Lawrence
16.3.11
Liberdade
Fernando Pessoa
João Villaret
Ai que prazer
não cumprir um dever.
Ter um livro para ler
e não o fazer!
Ler é maçada,
estudar é nada.
O sol doira sem literatura.
O rio corre bem ou mal,
sem edição original.
E a brisa, essa, de tão naturalmente matinal
como tem tempo, não tem pressa...
Livros são papéis pintados com tinta.
Estudar é uma coisa em que está indistinta
A distinção entre nada e coisa nenhuma.
Quanto melhor é quando há bruma.
Esperar por D. Sebastião,
Quer venha ou não!
Grande é a poesia, a bondade e as danças...
Mas o melhor do mundo são as crianças,
Flores, música, o luar, e o sol que peca
Só quando, em vez de criar, seca.
E mais do que isto
É Jesus Cristo,
Que não sabia nada de finanças,
Nem consta que tivesse biblioteca...
Eros & Psiquê
Conta a lenda que dormia
Uma Princesa encantada
A quem só despertaria
Um Infante, que viria
De além do muro da estrada.
Ele tinha que, tentado,
Vencer o mal e o bem,
Antes que, já libertado,
Deixasse o caminho errado
Por o que à Princesa vem.
A Princesa Adormecida,
Se espera, dormindo espera,
Sonha em morte a sua vida,
E orna-lhe a fronte esquecida,
Verde, uma grinalda de hera.
Longe o Infante, esforçado,
Sem saber que intuito tem,
Rompe o caminho fadado,
Ele dela é ignorado,
Ela para ele é ninguém.
Mas cada um cumpre o Destino
Ela dormindo encantada,
Ele buscando-a sem tino
Pelo processo divino
Que faz existir a estrada.
E, se bem que seja obscuro
Tudo pela estrada fora,
E falso, ele vem seguro,
E vencendo estrada e muro,
Chega onde em sono ela mora,
E, inda tonto do que houvera,
À cabeça, em maresia,
Ergue a mão, e encontra hera,
E vê que ele mesmo era
A Princesa que dormia....
12.3.11
Julgamento e Degustação no Piauí
Na minha busca pelo Kaddish da Ofra Haza (abaixo), desencavei essa noticia de 2006.
Um tal de Jorginho Medeiros, do jornal Meio-Norte do Piauí, avisa:
"Cura
O dia de Pinchas (pronuncia-se Pim-rrás) é um dia muito especial, onde a tradição cabalística ensina que são julgados todos os seres do mundo com a energia da morte ou da vida, da doença ou da cura. Neste ano, o dia de Pinchas começará com o pôr-do-sol do dia 14.07.06 e terminará com o pôr-do-sol do dia 15.07.06. Durante todo este período, as pessoas podem se conectar com a energia de cura e de vida, trazendo Luz para suas vidas e solucionando muitos problemas pessoais."
Fiquei curioso a respeito da 'energia da morte' e da 'energia da doença', afinal o Sr. Medeiros as lista.
Além disso, alguns devem ser condenados, não?
Sei lá, um pit-bull que pegou criançinha, ou um escorpião mais mal-intencionado.
Infelizmente, as eventuais penas não são listadas.
E por que será que a "tradição cabalística" escolheu justo o Piauí para divulgar essa notícia?
E mais, eita judiciário rápido esse, não?, em 24 horas julga todos os seres do mundo.
O mesmo Jorginho Medeiros dá a seguinte notinha também, da qual menciono apenas o primeiro evento:
"Nesta quinta-feira, dia 06, dois eventos dividem a sociedade teresinense. Luís Fernando Dantas anfitriona para o lançamento do livro Receitas e Cozinhas, com 41 receitas das cozinhas de chiques e famosos, com direito a degustação dos mesmos (itálico meu)."
Anfitriona?!?
Aparentemente eles 'anfitrionam' por lá.
E dá pra imaginar o gosto dos chiques e famosos do Piauí?
Lugar estranho o Piauí, para dizer o mínimo.
Kaddish
Ofra Haza
Oração de luto dos judeus.
A língua é Aramaico.
Ofra Haza foi uma das grandes vozes femininas do século passado.
Ela faleceu em 2000, aos 43 anos.
Acho a canção belíssima e comovente.
Ouvi-a seguidamente quando da morte de meu pai.
E me fez muito bem.
A tradução para o inglês precede a oração.
For salvation, Kaddish,
For redemption, Kaddish,
For forgiveness, Kaddish,
For health, Kaddish,
For all the wars victims, Kaddish,
For all the holocaust victims, Kaddish
Why do I cry at night?
Why do I feel so bad?
Something holds me tight
It's something in the air.
I have a prayer, a prayer,
A prayer from my heart
Night after night after daylight,
Memories of home...
11.3.11
Captatio Benevoletiae
Manel
O nome é uma expressão da retórica latina que significa literalmente “conquista da benevolência”.
Provem d'encaixar en escenes boniques,
amb porcs de diumenge farcits de gavines,
en grans sobretaules on els avis canten,
en nits bora el foc abraçats a una manta.
Es tracta de ser els simpàtics del barri,
els que ballen i ballen fins que els músics parin,
irrompre arrogants lluint les millors gales,
en discos amb dones amb feines estables.
I a vegades ens en sortim,
i a vegades ens en sortim.
I a vegades una tonteria de sobte ens indica que ens en sortim.
I a vegades una carambola de sobte ens demostra que ens en sortim.
Busquem quedar bé en el retaule magnífic,
dels que van pel món amb posat monolític
i afronten la vida mirant-la a la cara
i un dia contents compren flors a sa mara.
Intentem trampejar per ser persones dignes.
El pare modèlic que volen les filles,
el de la veu greu, el de la mà forta,
que paga un vermut i que arregla una porta.
I després tancar els ulls i sentir el món en calma,
hi ha dos ocellets fent piu-piu dalt d’un arbre.
Ben enllestit un gran epitafi
que arranqui somriures a tots els que passin.
I a vegades ens en sortim,
i a vegades ens en sortim.
I a vegades una tonteria de sobte ens indica que ens en sortim.
I a vegades una carambola de sobte ens demostra que ens en sortim.
I a vegades ens en sortim,
i a vegades ens en sortim.
I a vegades una tonteria de sobte ens indica que ens en sortim.
I a vegades se’ns baixa la verge i de sobte ens revela que ens en sortim.
I a vegades contra tot pronòstic una gran bestiesa
capgira la traca i amb lògic tot fent evident que per un moment
ens en sortim.
9.3.11
Exército Contra o Tráfico 1
Maurício Ricardo
Exército Contra o Tráfico 2
Maurício Ricardo
Álcool vs. Maconha
Humorcego
7.3.11
Viagens
Sergio Pinheiro Lopes
Era o início do Plano Real e, milagre, a moeda brasileira valia o mesmo que um dólar. Depois vimos que aquilo simplesmente não era possível, mas naqueles anos muita gente aproveitou a maré para viajar. Eu entre eles.
5.3.11
Sambândrade
Heloísa e Regina
Da coluna do Ruy Castro na FSP de hoje.
Foi no século passado
Que nasceu iluminado
Pela luz da inteligência
Um homem que foi sempre atacado
Como louco apedrejado
No Maranhão e adjacências
Sua poesia futurista
Pelo povo foi mal-vista
E incomprendida
Afinal
Ele foi o precursor
Incondicional
Da estrutura verbivocovisual
Da antropofagia
E da vanguarda no Brasil
Que no conjunto vazio construiu
A paródia, a ironia e coisa e tal
Atenção para o final
Sousândrade, Sousândrade
Baluarte da cultura nacional!
3.3.11
An African Song
Chad Mitchell Trio
Speaking of Lybia, which is in Africa, by the way...
The question is, are the Africans and Africa prepared for independence?
Do they have enough delinquents among their juvenile descendants?
Can they fill their air with smog enough, their rivers with pollutions?
Are the citizens evolved enough for mental institutions?
Are they smart enough to know enough to regulate their taxes so the poor
can pay the rich to keep the poor flat on their axes?
Do they know how to destroy what they produce for their enjoyment?
Or employ enough machines to keep employees from employment?
Have the natives the intelligence, the native wisdom, or the dexterity
to establish atom bases as the base of their prosperity?
In essence, have we morally the right to even plan to let the backward
nations join the brotherhood of men?''
2.3.11
Il Bastone e la Carota
Fausto Amodei
No non vivere al minuto
mi raccomando
bada a quello che c'è sotto
di quando in quando
altrimenti sei fottuto
bello mio caro
devi per pagar lo scotto
far la fine del somaro.
Ogni giorno prendi nota
con occhi accorti
che anche quando il tuo padrone
che oggi sopporti
ti regala una carota gialla e matura
ha già pronto un bel bastone
fatto di un'essenza dura.
C'è un bastone sempre pronto
se per un ticchio
tu non vuoi mangiar carote
bensì radicchio
il padrone ha messo in conto
carote sole
col bastone ti percuote
se non mangi quel che vuole.
Le carote sono a volte
appetitose
solo che vorresti averle
più numerose
questa è un'altra fra le molte
serie ragioni
per risponder colle sberle
alle rivendicazioni.
Le carote sono espresse
spese variabili
e son queste le ragioni
solo contabili
per cui van sempre compresse
e Marx lo disse
mentre l'uso dei bastoni
rientra nelle spese fisse.
Ciò vuol dire che la verdura
che tu hai per rancio
se il quantitativo aumenta
varia il bilancio
mentre una bastonatura
non dà passivo
che sia una o siano trenta
rientra nel preventivo.
Il salario aumenta in fondo
non per bastarti
ma entro i limiti prescritti
e senza scarti
c'è una sola cosa al mondo
che può fissarli
è l'aumento dei profitti
sacro per Colombo e Carli.
Se quei limiti fissati
un guastafeste
li volesse scavalcare
con le proteste
ci son tanti surrogati
già in preventivo
tra cui quello più esemplare
di ricorrere a Restivo.
La carota è un vegetale
come il bastone
è soltanto un po' più corta
ma va benone
per servire come tale
se è un po' più dura
molta gente si è già accorta
che hanno identica struttura.
Tra carota e tra bastone
c'è un amor perfetto
la riforma e il celerino
vanno a braccetto
è la beffa del padrone
è la sua prassi
se no va con De Martino
si rimedia con Tanassi.
Your Friendly, Liberal, Neighborhood
Klu Klux Klan
Chad Mitchell Trio
Is there a Klavern in your town? In your town?
If not, then why not have us down? Have us down?
You’ll never recognize us, there’s a smile upon our face,
We’re changing all our dirty sheets and a-cleaning up the place.
Yep, since we got a lawyer, and a public relations man,
We’re your friendly, liberal, neighborhood Klu Klux Klan
Yes, we’re your friendly, liberal, neighborhood Klu Klux Klan
Ever since we got that lawyer and that public relations man.
“Course we did shoot one reporter, but he was just obscene,
and you can’t call us no filthy names. What does Anglo-Saxon mean?
Allemande left, Allemande right, the Ladies’ Auxiliary is meeting tonight.
“Cause the Klan’s collecting so much cash
that now, by gum, we’re rich white trash.
Now we’ve heard it said our leadership’s not qualified to lead
Well, I’m telling you that just ain’t true, why three of them can read.
Take our grand exalted dragon, now some folks think he’s bad,
But you should meet his sweet old mother,
and her brother, who’s his dad.
Yes, there’re your friendly, liberal, neighborhood Klu Klux Klan
And he’s gonna run for governor soon as he’s out of the can.
We’re all from fine old families, the pride of all these hills,
Yep, seven generations at the same illegal stills.
Had a little rally the other night, shot up town in a fury,
Luke’s arrested; Pa’s on trial; and the rest of us are on the jury.
Now we’ve heard them call us deadbeats, and we’d like to say we’re not.
We’ll all stand on our record, and that’s one thing we’ve all got.
And we’ve only have that arsenal so you that won’t raise no fuss,
and if you don’t like that then call the cops
‘cause the chances are they’re us.
Yes, we’re your friendly, liberal, neighborhood Klu Klux Klan
But somehow we went from the fire to the frying pan
We never learned to hold a job and we never learned to write
But boy we sure have learned the ropes
‘cause we use them every night.
Now when congress calls you don’t get stuck,
just start confessing and pass the buck.
The Kludd blames the Klaxon, the Klaxon blames the Kleagle,
the Kleagle blames the Grand Imperial Eagle.
The Eagle blames the Wizard, the Wizard blames the Dragon
The Dragon gets the blame, but he’s just braggin’.
Now we’re out to show the congress, that we’re oh so nice and neat,
Why we never even take the fifth, ‘cause we drank that all last week
And you’ll never hear us shooting, or hanging people high
‘Cause we’re learning to respect the law and to have an alibi.
Oh-ho come, come, come, come
Come to the church in the wildwood
Oh come to the church in the vale.
And those dirty lying witnesses, Lord, forgive them what they speak
we would go to church and pray for them, ‘cept we blew it up last week.
Yes, we’re your friendly, liberal, neighborhood Klu Klux Klan
and we sure do thank that lawyer and that public relations man.
So we’re sorry that we hung them, but they did have quite a tan,
and it sure confused your friendly, liberal, misunderstood,
Your friendly neighborhood Klan which says, what’s wrong with the hood?
Your friendly liberal, neighborhood Klu Klux
grab your Cadillac and head for the hills
The I Was Not a Nazi Polka
Chad Mitchell Trio
Wenn Sie durch Die Schöne Deutschland gehen
Einen gesang werder Sie Hören
Es gibt eine kleine Melodie in Deutschland
Fur fünfzehn oder Zwanzig Jahren
(Spoken)
As you travel through Die Schöne Deutschland
(Wenn Sie durch Die Schöne Deutschland gehen)
A melody will greet your ears
(Einen gesang werder Sie Hören)
It's a melody that's been around in Deutschland
(Es gibt eine kleine Melodie in Deutschland)
For fifteen to twenty years
(Fur fünfzehn oder Zwanzig Jahren)
Each and every German dances to the strain
Of the I was not a Nazi Polka
All without exception join in the refrain
Of the I was not a Nazi Polka
Goering was a crazy we wanted to deport
Sing the I was not a Nazi Polka
We all thought that Dachau was just a nice resort
Sing the I was not a Nazi Polka
The German is so cultured, he does not like to fight
The peaceful life is what he most enjoys
For years the German people were utterly convinced
I.G. Farben manufactured children's toys
I never shot a Luger or goosed a single step
Sing the I was not a Nazi Polka
Sing the I was not a Nazi Polka
Sing the I was not a Nazi Polka
- Was you not an SS guard?
- I was not an SS guard.
I was not a Nazi Polka
- Did you not love Ilsa Koch?
- I did not love Ilsa Koch.
I was not a Nazi Polka
- Did you not despise the Jews?
- I did not, some of my best friends..
I was not a Nazi Polka
- Did you not think Adolf great?
- I did not, Adolf who?
- Adolf who?
- Ja, Adolf who?
- Fritz, you're putting me on.
- Was bedeutet dieses 'putting me on'?
- Are you kidding me or something?
- Nein, I'm not kidding you. Adolf who?
- Adolf Hitler!
- Should I know him? Is he a folksinger?
- You don't remember?
- Nein, I don't remember him. Who was he?
- Well..
A little man, very mean, very loud and brash
- Mmm-mmm...
Not too tall, he never smiled, wore a black mustache
- Nein, I never heard..
He had a girl, Eva Braun, hair as red as flame
- Ah, ja, ja.
He papered walls for many years till his moment came
- Of course!
He's the one who clapped his hands, went into a dance
When the news came to him that we had conquered France
- That's him
He once said, when our flag proudly was unfurled,
"Today, Germany, tomorrow, the world! (Yeah!) Tomorrow, the world! (Yeah!) Tomorrow the world! (Yeah!) Tomorrow the world! (Yeah! Yeah!)"
- I never heard of him
- Neither did I
To our Israeli allies let us raise a toast
Sing the I was not a Nazi Polka
Sure there were some Nazis, two or three at most
Sing the I was not a Nazi Polka
We tried to throw off Hitler right from the very start
That's what every history book should tell
We hated Heinrich Himmler, Martin Bormann too
We believe as Sherman did that war is hell.. hell.. hell.. hell..
Heil!.. Heil!.. Heil!.. Sieg heil!.. Sieg heil!.. Sieg heil!!
Germans are as gentle as flowers in the spring
Sing the I was not a Nazi Polka
Germans are a people who love to dance and sing
Sing the I was not a Nazi Polka
''[Spoken]''
Wait a minute! Wait a minute! You there, you are not singing.
You do not like to sing? Tell me, you still have a family in Germany, nicht wahr? Sing!
Sing the I Was Not a Nazi Polka
Sieg heil!
The Ballad of Sigmund Freud
Chad Mitchell Trio
Well, it started in Vienna not so many years ago
When not enough folks were getting sick
A starving young physician tried to better his position
By discovering what made his patients tick
He forgot about sterosis and invented the psychosis
And a hundred ways that sex could be enjoyed
He adopted as his credo "down repression of libido!"
And that was the start of Doctor Sigmund Freud
Well, Doctor Freud, oh Doctor Freud
How we wish you had been differently employed
But the set of circumstances
Still enhances the finances
of the followers of Doctor Sigmund Freud
Well, he analyzed the dreams of the teens and libertines
Substituted monologue for pills
He drew crowds just like Will Sadler
When along came Jung and Adler
And they said by God, there's gold in them there ills!
They encountered no resistance
When they served as Freud's assistants
As with ego and with id they deftly toyed
But instead of toting bedpans
They wore analytic deadpans
Those ambitious doctors Adler, Jung and Freud!
Well, Doctor Freud, oh Doctor Freud
How we wish you had been differently employed
But the set of circumstances
Still enhances the finances
of the followers of Doctor Sigmund Freud
Now the big three have departed
But not so the code they started
No, it's being carried on by a goodly band
And to trauma, shock and war shock
Someone's gone and added Rorschach
And the whole thing's got completely out of hand!
So old boys with double chinsies
And a thousand would-be Kinseys
They discuss it at the drop of a repression
And I wouldn't be complaining
But for all the loot I'm paying
Just to lie on someone's couch and say confession!
Well, Doctor Freud, oh Doctor Freud
How we wish you had been differently employed
But the set of circumstances
Still enhances the finances
of the followers of Doctor Sigmund Freud
Poesia
Cântico Negro
José Régio
João Villaret
"Vem por aqui" — dizem-me alguns com os olhos doces
Estendendo-me os braços, e seguros
De que seria bom que eu os ouvisse
Quando me dizem: "vem por aqui!"
Eu olho-os com olhos lassos,
(Há, nos olhos meus, ironias e cansaços)
E cruzo os braços,
E nunca vou por ali...
A minha glória é esta:
Criar desumanidades!
Não acompanhar ninguém.
— Que eu vivo com o mesmo sem-vontade
Com que rasguei o ventre à minha mãe
Não, não vou por aí! Só vou por onde
Me levam meus próprios passos...
Se ao que busco saber nenhum de vós responde
Por que me repetis: "vem por aqui!"?
Prefiro escorregar nos becos lamacentos,
Redemoinhar aos ventos,
Como farrapos, arrastar os pés sangrentos,
A ir por aí...
Se vim ao mundo, foi
Só para desflorar florestas virgens,
E desenhar meus próprios pés na areia inexplorada!
O mais que faço não vale nada.
Como, pois, sereis vós
Que me dareis impulsos, ferramentas e coragem
Para eu derrubar os meus obstáculos?...
Corre, nas vossas veias, sangue velho dos avós,
E vós amais o que é fácil!
Eu amo o Longe e a Miragem,
Amo os abismos, as torrentes, os desertos...
Ide! Tendes estradas,
Tendes jardins, tendes canteiros,
Tendes pátria, tendes tetos,
E tendes regras, e tratados, e filósofos, e sábios...
Eu tenho a minha Loucura !
Levanto-a, como um facho, a arder na noite escura,
E sinto espuma, e sangue, e cânticos nos lábios...
Deus e o Diabo é que guiam, mais ninguém!
Todos tiveram pai, todos tiveram mãe;
Mas eu, que nunca principio nem acabo,
Nasci do amor que há entre Deus e o Diabo.
Ah, que ninguém me dê piedosas intenções,
Ninguém me peça definições!
Ninguém me diga: "vem por aqui"!
A minha vida é um vendaval que se soltou,
É uma onda que se alevantou,
É um átomo a mais que se animou...
Não sei por onde vou,
Não sei para onde vou
Sei que não vou por aí!